O TEMPO NÃO EXISTE

O tempo não existe
Talvez só o espaço
Porque o teu retrato
Não se tornou baço.

Teu perfume ainda se exala
E obstrui o meu olfacto
Teu sorriso ainda embala
O meu falso-humor gato.

Tua voz ainda ecoa
E perturba minha audição
Teu olhar ainda voa
E encarcera minha atenção.

Ainda sinto teu toque subtil
Como vibração constante
Ainda meço a soma hostil
De cada memória marcante.

Há muito que és um estigma
Que tempo nenhum corrói
Em meu ser és um enigma
Que até hoje não se destrói.

Já me faltaram palavras
E agora escrevo silêncios
Nunca o coração expressará
Seus fundos delírios imensos.

(Edumor)

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